Pátio Ambulante
O Pátio Ambulante surge como projecto de arquitectura de intervenção para a construção colectiva de espaços comunitários.
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Carrinha 408
Mapeamento
Concurso
09/2013
Frame Colectivo
Em 2013, a Trienal de Arquitetura de Lisboa distribuiu 10 Bolsas Crisis Buster para envolver um grupo diversificado num movimento de combate à crise através de soluções sociais e cívicas a longo prazo. O Pátio Ambulante ganhou com uma proposta de intervenção no Pátio de São João, abrindo o espaço com um programa cultural participativo. O projecto piloto de 2013 culminou com a atribuição de um Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa para a implementação do Pátio Ambulante até 2017.
O Pátio
Uma tipologia lisboeta
O conceito de "pátio" serviu inicialmente de referência cultural, arquitectónica e tipológica para explorar a utilização partilhada de espaços abertos privados e semi-privados. Foi assim traçado o projecto piloto em que o pátio privado de São João, na colina de Santana, foi temporariamente transformado para abrir as suas portas com um programa cultural criado de forma participativa com a população vizinha.
Durante quatro dias recebemos mais de 400 pessoas de todas as idades e dos mais variados extractos sociais que festejaram as artes, o seu bairro e a sua escola entre concertos de jazz, reggae e música clássica. Houve também workshops de costura, conserto de eletrodomésticos e cerâmica para crianças e adultos.
Colaboramos com artistas de várias áreas para desenvolver estratégias de intervenção replicáveis no espaço público.
Este foi o laboratório para criar o que viria a ser reproduzido noutros espaços da cidade, tornando-se uma intervenção ambulante. Licenciámos mais de quinze espaços públicos para ocupação temporária com programação criada em parceria com iniciativas locais. Procurámos assim um movimento colectivo de aprendizagem sobre Lisboa e colaborações para a reapropriação da cidade.
Mobilidade e Proximidade
Uma carrinha de bombeiros como escritório performativo, gelataria e plataforma de arte urbana
Pela sua topografia e património construído, Lisboa oferece muitos espaços públicos únicos como miradouros e largos que propomos explorar. Usamos uma carrinha de bombeiros antiga para levar a programação a estes espaços tornando-os acolhedores e desvinculados do consumo obrigatório através de mobiliário urbano. Criam-se assim momentos para jogar, sentar, reunir, pintar ou descansar pela cidade. A carrinha permite que o projeto mantenha um alto grau de mobilidade assim como um certo nível de autofinanciamento através de uma gelataria para sócios que alberga no seu interior.
A carrinha de bombeiros cria um ponto de encontro em qualquer espaço da cidade.
Ferramentas Participativas
Como se criam espaços comunitários?
Desde 2014, o Pátio Ambulante desenha, constrói e negoceia estratégias para intervenções e ocupações urbanas experimentais. Procura também simplificar os processos burocráticos envolvidos no acesso ao espaço público e explora as dinâmicas colectivas em espaços privados. Desenvolveram-se assim impulsos que introduzem a arquitectura e a arte como ferramentas participativas de criação de espaço e coesão social.
Atelier de azulejos translúcidos no Pátio de Dom Fradique
Promoção do projecto Estúdio Maria Curraleira
As intervenções exploram continuamente o acesso que temos ao espaço público e a forma de o ocuparmos diariamente.
Reunião de moradores da Vila Cândida
03/2024
Comércio com Memória
Publicação
O livro "Comércio com Memória" propõe um exercício de levantamento tipológico experimental entre arquitectura, pesquisa urbana e arte, que nos convida a visitar espaços comerciais históricos em Almada. É um trabalho interdisciplinar e colaborativo que cria uma linguagem, um vocabulário, para transmitir a complexidade destes espaços, a sua diversidade, as nossas vivências e afetos.
05/2023
Sway IV
Festival Prototyping Gothemburg, Suécia
No âmbito do festival Prototyping Gothemburg em 2023, o Frame Colectivo foi convidado a instalar duas versões da plataforma SWAY em Gotemburgo Suécia, uma no complexo de experimentação urbana do antigo estaleiro em Frihamnen, e outra no espaço público da Lilla Bommen Plats.
04/2023
pro-sedimento
Emancipação do Vivente | Galerias Municipais - Galeria de Arte de Almada
A instalação pro-sedimento, exibida em 2023 na Galeria de Arte de Almada na segunda parte da exposição Emancipação do Vivente, aborda o direito à habitação digna e processos de transformação urbana anti-racistas e comprometidos à redução da desigualdade social. Com foco no 2º Torrão, bairro auto-construído localizado na Trafaria, Almada.
02/2023
calibragem
Emancipação do Vivente | Galerias Municipais - Galeria da Boa Vista
O dispositivo visual calibragem, comissionado para a exposição Emancipação do Vivente, deriva de um conjunto de trabalhos de pesquisa urbana centrados na percepção e identidade do território europeu. O Frame Colectivo recolheu imagens sobre narrativas de supremacia eurocêntrica e nacionalista em trajetos urbanos e rurais com a técnica da câmara escura ou pinhole. A partir destas gravações, resulta uma instalação que tematiza a descolonização da prática da arquitetura e urbanismo. Com curadoria do Museum for the Displaced, a instalação calibragem foi exibida em 2023 como parte da exposição Emancipação do Vivente na Galeria da Boa Vista, Lisboa.
03/2022
Workshop Balanço
ESAD.CR
Da prototipagem à instalação: oficina que explora a versatilidade de dispositivos interativos, neste caso constituído por uma plataforma de relva ondulante em contextos urbanos, focando na transmissão de ferramentas de prototipagem e desenho para o estudo da interação do corpo humano e do contexto edificado.
10/2021
Sway I
SWAY é uma instalação recorrível para espaços urbanos que transforma chão firme numa plataforma de relva ondulante, desenvolvida em 2020/21. A edição piloto comissionada este verão pelo Festival A Porta em Leiria, permitiu testar a sua viabilidade e a adesão positiva, propulsionando assim o projecto para a criação de novas parcerias, para desenvolver protótipos resistentes e adequados ao uso de longa duração em espaços públicos.
05/2021
Slow Studio
O Slow Studio é um dispositivo de pesquisa urbana, que convida transeuntes a partilhar trajetos, afetos e memórias pessoais da cidade num estúdio ambulante, para a criação de um mapa individual em desenho. Os testemunhos foram ilustrados em tempo real pelo artista Lucas Armendani, criando um arquivo visual de percursos urbanos. Este exercício de documentação urbana ajuda-nos a retratar como a cidade é vivida, vista e habitada pelos seus cidadãos.
11/2019
[TASCAS]
Pelas [TASCAS] de Lisboa - A cultura do prato-do-dia
Este projeto centra-se na tipologia urbana da tasca, um negócio familiar e popular essencial para a cultura lisboeta, a servir o prato-do-dia há mais de 60 anos. Como em arqueologia os resquícios mais informativos são aqueles revelados pelos hábitos culinários da respetiva cultura, propusemos observar a cidade contemporânea através das suas cozinhas mais acessíveis e populares. Esta colaboração e projeto de pesquisa transdisciplinar resultou numa publicação impressa, um jogo da memória e um arquivo online.
03/2019
Edições Urbanas
Edições Urbanas publica livros e jogos divertidos e envolventes que reúnem pessoas em torno da arquitetura, urbanismo e temáticas sociais. Esta iniciativa foi desenvolvida para projetos urbanos comunitários pela Frame Colectivo, um estúdio de Arquitetura, Pesquisa e Arte.
05/2018
Caixas-alforge
Para oficinas artísticas no espaço público
Levar a arte para a rua ampliando a acessibilidade, a inclusão e a refelxão no espaço que co-habitamos.
04/2018
Set II
Sobre Lembrar e Esquecer
Abstração, pausa, equilíbrio, marcação, movimento, resistência, adaptação. Esses foram alguns dos elementos chave para a conceptualização do cenário da peça “Sobre lembrar e Esquecer”da encenadora Paula Diogo sobre memórias colectivas e individuais.
11/2017
Set
Triste in English from Spanish
Quatro mesas trapezoidais e uma estrutura vertical foram o resultado de um workshop de desenho e construção para suprir as necessidades da peça “Triste in English from Spanish” da coreógrafa portuguesa Sónia Baptista.
09/2017
5 Paragens
Estruturas no Sítio Arqueológico da Quinta do Almaraz
No âmbito da abertura do Sítio Arqueológico da Quinta do Almaraz ao público, o Frame Colectivo foi convidado a idealizar e construir a linha de visita ao longo dos 2 km de percurso de visita guiada. Os resultados do projecto foram publicados num e-book gratuito.
04/2017
2º Torrão - Espaços em Pesquisa
Ciência Participada
“Irá o mar comer o 2º Torrão? Quando? Como?” Partindo dessa pergunta encontrada com um grupo de moradores do bairro do 2º Torrão, o projeto de ciência participada “Novos Decisores Ciências” investiga a erosão costeira. O Frame Colectivo participou na edição de 2017 com a proposta de construção de três espaços de encontro, tendo regressado em 2020 para realizar a manutenção.
11/2016
Pátio no Bairro de Santos
A convite de O Nosso Km2, o Frame Colectivo projectou e construiu um parque de lazer no bairro de Santos ao Rêgo (Rua Marciano Henriques da Silva). Instalámo-nos na loja nº32 A da mesma rua usando o espaço como escritório e arrumos.
03/2016
767
A curta-metragem 767 acompanha o itinerário do autocarro 767 da Carris desde o Campo Mártires da Pátria até à estação de metro da Reboleira. Criámos uma câmara escura dentro da carrinha de bombeiros e percorremos o percurso atrás do autocarro.
02/2016
Morangos Agudos
Proposta realizada para o open-call CRIAR LISBOA (EGEAC)
Existia previamente um convite feito pelo projecto O Banquete (festival para pensar e comer) para criar um espaço cénico com o fim de realizar uma edição do festival com jovens do ensino secundário em espaço público. Desenvolvemos então para o concurso CRIAR LISBOA a proposta Morangos Agudos para o Miradouro do Monte Agudo, na tentativa de criar um espaço de diálogo que fomentasse a discussão sobre a alimentação no contexto da cidade criando uma plantação hidropónica de morangos descontextualizada que oferece sombra e uma nova paisagem no miradouro.
09/2015
Estúdio Maria Curraleira
Plataforma multimédia colaborativa dedicada a narrativas urbanas
A proposta do Estúdio Maria Curraleira surge como projecto-piloto para a criação de um estúdio de produção multimédia no Vale de Chelas que funcione como uma plataforma local e aberta. O Estúdio pretende acompanhar a recolha digital de narrativas urbanas que descrevam a história e o quotidiano do antigo bairro da Curraleira, actuando como uma estratégia de coesão social.
07/2015
Festival TODOS
No contexto do Festival TODOS – Caminhada de Culturas 2015, o Frame Colectivo foi convidado a criar uma oficina de carpintaria ao ar livre para transformar o jardim do Campo Mártires da Pátria numa enorme sala de estar.
07/2015
Frame Talks
Conversas sobre habitar a cidade
“Ma propre ville ne serait qu'imagination, elle proviendrait de la folie of my body!(…)Me then I wouldn't exist either!”
- in The city does not exist, Sylvain Berteloot
06/2015
Pátio na Penha
A linha curatorial desta exposição visou apresentar a um público mais vasto os resultados do projecto
Performapping realizado durante o mês de Maio 2015 em praças, vilas operários e miradouros na Penha de França, tal como redefinir a entrada do Espaço da Penha, um espaço comunitário semi-público.
05/2015
Performapping
O projecto Performapping resultou numa série de actividades experimentais centradas na pesquisa sobre a realidade sociocultural do bairro da Penha de França. Em conjunto com um grupo de activistas, antropólogos e performers, fizemos recolhas com mapeamentos diversos, vídeo, fotografia e instalação. Questões de identificação, participação nas decisões acerca do espaço público e dinâmicas sociais entre entidades da comunidade guiaram as intervenções ao longo do projecto.
05/2015
Vila Cândida
Durante a nossa pesquisa no Vale de Santo António, focámo-nos especificamente na Vila Cândida, uma unidade residencial social do início do século XX. Este complexo está localizado numa situação topográfica difícil devido à enorme variação de altitude. Os acessos à Vila chamavam à atenção, estando definidos por duas colunas de betão e um espaço vazio, tal como um espaço comunitário destruído por um acidente de viação.
01/2015
Vai Rebentar
No início do ano 2015, a campanha Vai Rebentar consistiu na distribuição de saquinhos com Seedbombs para serem espalhadas pela cidade. Cada saquinho vinha também com a receita e instruções de uso. As Seedbombs são bolas de terra com sementes, prontas para serem semeadas em qualquer canteiro ou passeio. O gesto interventivo de atirar uma “bomba” de sementes para embelezar a cidade produz um início de sensação de poder de decisão e de mudança. Uma simples e pequena cirurgia como acto consciencializador.
10/2014
Para Lá do Muro
O projecto Para Lá do Muro levanta por um lado a problemática da estigmatização do Parque da Saúde, antigo Hospital Júlio de Matos, e por outro a questão do isolamento urbanístico reforçado pelo muro construído ao seu redor. A convite da Biblioteca dos Coruchéus para participar nos Dias de Bem Cá Estar, o Frame Colectivo, em parceria com a Rádio Aurora, centrou-se no desenvolvimento de estratégias de inclusão do espaço público do Parque da Saúde no bairro de Alvalade.
07/2014
Módulos Urbanos
Procurando o mobiliário urbano adequado para acompanhar as nossas actividades no espaço público, desenvolvemos um protótipo robusto, transportável, composto por material reciclado, e facilmente reconhecível.
07/2014
Biblioteca da Trafaria
Construindo a biblioteca pública da Trafaria
Durante um workshop em Julho de 2014, a Ensaios e Diálogos Associação e as juntas de freguesia da Trafaria e Costa da Caparica colaboraram para a criação dos móveis da "Biblioteca da Trafaria, Onde o Tejo se Faz ao Mar". Localizada na praça central da pequena vila de pescadores, a biblioteca dispõe de um antigo escritório no primeiro andar ao lado do mercado. Devido ao sucesso da actividade, o projecto expandiu para o rés-do-chão reutilizando uma loja vazia como espaço cultural em 2015.
06/2014
Pátio Dom Fradique
O Pátio Dom Fradique localiza-se nas traseiras de um antigo palácio que tem ligação directa ao Castelo de São Jorge, um dos pontos mais turísticos de Lisboa. Consiste de antigas unidades residenciais, hoje em ruínas, ao longo de quatro níveis diferentes de elevação. Após mudar várias vezes de proprietário, o Pátio Dom Fradique é hoje propriedade da Câmara Municipal de Lisboa. O palácio antigo foi remodelado e é um dos hotéis mais caros do centro da cidade.
04/2014
Azulejos Translúcidos
Um dos temas de pesquisa em 2014 foi o vasto património de padrões de azulejos tradicionais que se encontram em Lisboa. O projecto Azulejos Translúcidos resultou da colaboração de Maria Caetano do “Lugar da Cerâmica”, que partilhou a metodologia tradicional de produção de azulejos, com o FABLAB Lisboa, onde pudemos produzir uma série de padrões para sete tipos diferentes de azulejos recortados em folhas de acrílico.
02/2014
Jardins Verticais
Jardins Verticais é uma proposta para o Orçamento Participativo de Lisboa 2014 que oferece um conceito alternativo para os edifícios semidestruídos pertencentes à Câmara Municipal de Lisboa. Partindo de estudos que demonstram os efeitos positivos de vegetação vertical nas cidades e da necessidade de requalificação urbana, o projecto propõe desmantelar parte das frentes já destruídas, deixando apenas a estrutura do edifício, incluindo infraestruturas básicas como os sistemas de água e electricidade.
09/2013
Pátio Aberto
O Pátio Aberto foi o evento inaugural do projecto Pátio Ambulante. Teve lugar no Pátio de São João na colina de Santana, em Setembro 2013. Este espaço privado foi temporariamente transformado para abrir as suas portas com um programa cultural diversificado criado de forma participativa com a população vizinha.
09/2013
Itinerário
Durante a primeira edição do Pátio Ambulante, a vontade de aprofundar os conhecimentos acerca dos pátios lisboetas levou-nos a criar um itinerário pela cidade ao longo de três meses.
05/2013
Plataforma 408
Procurando a plataforma ideal para servir de apoio aos projectos do Frame Colectivo, os requisitos eram que fosse móvel, multifuncional e memorável. A melhor opção disponível, e pela qual nos apaixonámos imediatamente, foi uma carrinha de bombeiros Mercedes 408 de 1975, que hoje utilizamos como instrumento de intervenção plurivalente e versátil. Não só facilita o contacto directo com o público, como também é um sistema de divulgação móvel, adaptável a qualquer projecto.
04/2012
Denkmal Moabit
Tudo começou em Moabit, Berlim. Focámo-nos na Arminius Markthalle, um mercado construído em 1890, e trabalhámos desde um pequeno escritório dentro do edifício investigando processos participativos para a sua revitalização. Aprendemos tanto com a flexibilidade e as possibilidades infinitas da tipologia do mercado, criada com marcos estruturais de ferro fundido, que decidimos integrar a “moldura” como conceito directivo. Assim nasceu o Frame Colectivo!